segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Feliz ano novo!


Boas Notícias
Eu estava  observando o movimento lá pelas bandas de Minas Gerais, quando vi um matuto sentado na beira da estrada, tão distraído, manuseando algo:  era  um canivete cortando fumo de corda para um cigarro de palha.  Na minha primeira olhadela, pensei: será que ele tem na mão um smartphone?  Mas não era... Era  a antiga forma de se distrair.  Mas isso evoluiu?  Se você olhar hoje para as pessoas... lá estão elas manuseando seus smartphones em busca de uma notícia, um recado, uma curtida, uma cutucada. O matuto com seu cigarrinho de palha logo terá sua rodinha de amigos para contar um “causo”  e os matutos da cidade compartilham seus bits de prosa através de seus aparelhinhos. Não sei se muda muita coisa. Tudo gira em torno da comunicação.  Se é saudável eu não sei, mas que é tão viciante quanto ao cigarrinho de palha, isso sei que é – rsrsrs. Enfim, a alma do ser humano não muda e ela é precisa de se comunicar. Que nesse ano de 2014, os canais de comunicação com o Criador, com familiares, com amigos sejam restaurados e multiplicados. Que venham muitas notícias  boas!!! Foi por isso que criei carinhosamente esse desenho. Um grande abraço. Lina Linólica.


Efemeridades
Última manhã do ano. Começo a conversar com o Pai sobre o ano que passou e finalizo minha oração intercedendo por aqueles que travaram grandes lutas nesse ano. Particularmente tive um ano bom, principalmente pela maravilhosa graça de Deus.  Em dado momento, olho para uma grande árvore que fica em frente da minha janela e louvo a Deus com o coração cheio de gratidão por aquela “belezura”, porém uma única palavra aparece em meu coração: Jonas (aquela personagem bíblica que foi engolida pelo grande peixe).  Mas o episódio que me remeteu a mente foi a da planta (Jonas 4:6-11) que nasceu, cresceu e morreu tudo muito rapidamente causando indignação em Jonas. Quando a gente vê uma árvore, logo quer ficar debaixo dela e desfrutar de sua sombra: é a famosa zona de conforto e nem queremos mais sair dela.  Isso me levou a meditar. O ano passa tão rapidinho, né?  Quando a gente vê, já se foi.  Tem situações de perda que são como aquela planta, aonde vem  um  “verme – um ser minúsculo” e acaba com a planta e como Jonas, muitas vezes queremos morrer... mas lá está o Pai a nos ensinar a tratar com as perdas e a nos aconselhar prosseguir com a vida.  Sei que muita gente teve perdas nesse ano de 2013, como emprego, gente querida, enfermidades; as aflições fazem parte da vida, mas a lição do livro de Jonas é se levantar em meio à crise e prosseguir. Que a presença do Pai seja sobre a sua vida nesse ano de 2014, que em meio às crises possamos ver e aceitar o seu cuidar.


Lina – 31/12/2013

sábado, 26 de outubro de 2013

Quando o milagre não chega em papel de presente

 Outubro/2008

Entro no Orkut e dou uma rápida olhada nas atualizações. Um lindo bebê chama a minha atenção. Dou um clic em cima dele e vejo sua foto ampliada. Seu nome é Elijah – olhos brilhantes e cheio de vida, bochecha fofa, discreto sorriso, enfim, a coisinha mais fofa do mundo. Meus olhos se enchem de lágrimas e meu coração de gratidão ao contemplar o pequeno Elijah. Não o conheço pessoalmente, mas conheço seus avós.

Final da década de 80.

No 4o. andar do prédio da extinta Cooperativa Agrícola de Cotia, preencho alguns formulários, quando se aproxima Edevaldo – um amigo que conheci recentemente. Descobri que ele também é cristão. Nesse momento ele compartilha comigo sua dor de pai. Apresenta para mim uma folha impressa onde relata uma rara doença que acomete sua pequena filha. Olho a foto da pequena Emily – ela é bem pequena mesmo, magrinha, pálida.  Os remédios para o tratamento dela não existem no Brasil e precisam ser importados dos Estados Unidos. O custo é alto e o salário não está dando para cobrir as despesas. Edevaldo comenta comigo: - Não tem jeito... vou ter que ir para os Estados Unidos, embora ainda exista a incerteza de cura, pois a doença é rara e os médicos dão poucas esperanças de vida para a pequena Emily.
Tem coisas que a gente não entendo o porquê. Só sei que orei e chorei pela pequena Emily e pedi para que Deus a curasse. Creio que a igreja que o Edvaldo freqüentava também orou pra que Deus a curasse, mas Deus não a curou, pois o agir de Deus era de outra forma.

Na época pedíamos incessantemente um milagre na vida de Emily, mas a verdade é que a Emily é que era o milagre.

Como Abraão, o barbudo amigo Edevaldo saiu da sua casa e da sua parentela e foi pra uma terra de língua estranha – a terra do tio Sam.

A partir da década de 90  fui acompanhando a trajetória dessa família via e-mail e depois via orkut:
Tratamento da Emily
Os duros empregos do Edevaldo e da Cícera
O tratamento da Emily
O green card
O tratamento da Emily
O financiamento da casa
O tratamento da Emily
O transplante de rim – mãe Cícera doa rim para a filha Emily
A adaptação do novo rim da Emily
Remédios da Emily
A Emily fazendo missões pelo mundo afora
A Emily saltando de pára-quedas
A Emily se casando
Vejo as fotos no orkut do casamento da Emily – um poodle vestido de smoking. A Emily de noiva e nos pés all star e todos na festa também assim.
A Emily que fica grávida
O nascimento de Elijah.

Emily a menina do papel impresso, cujos médicos diagnosticaram pouco tempo de vida, virou o jogo da vida e decidiu viver apegada ao autor da vida. Ela cresceu em a meio tratamentos, medicamentos e hospitais. Imagino que não foi fácil para essa família. Mas em todo o tempo eles se uniram em família, se uniram em Jesus, confiaram. Para mim, é como Abraão, nos tempos modernos. Foram guiados pela fé e não por vista. Edevaldo, Cícera, Ellen e Emily. Família abençoada que passou por lutas, como toda boa família, mas não desistiram nunca e edificaram um lar. E isso chama minha atenção para muitos casais modernos de nossos dias, que desistem de criar seus filhos, outorgam a outros, que desistem de estabelecer um lar, de criar vínculos e moram em casas de cimento e pedra e não em lares edificados em amor, calor humano e sacrifício e logo essas casas entram em ruínas. Talvez mais lares precisassem de milagres chamados Emily, mas também fica a dúvida? Será que esses milagres não seriam atirados pela janela?

Na década de 80, não entendia nada dessas coisas. Não conseguia vislumbrar o quebra-cabeça. O porquê de tudo isso. Cheguei a resmungar com Deus, pois queria que meu amigo tivesse vivenciasse um milagre na vida da filha. Não era justo isso. Hoje, quando contemplo o pequeno Elijah, o reizinho na família Mello e a alegria no rosto dos avós, da Emily e seu marido, na tia babona Ellen... Eu vejo que só Deus mesmo para realizar essas coisas. Ele é tremendo. Eu não sei se Emily foi curada, se toma medicamentos, enfim, pouco sei, mas sei de uma coisa... Emily é um milagre vivo nos nossos dias e que em seu perfil do orkut diz: “Tu, ó Senhor Deus, me deste o escudo que salva a minha vida. O teu cuidado me tem feito prosperar, e o teu poder me tem sustentado.” Sl. 18:35

Em Cristo

Lina Linolica - 05/11/2008

www.linolica.com.br


Mandei um e-mail para a Cícera pedindo autorização para publicar a história da sua filha, ela ficou comovida, dizendo recordar de cada momento, enfatizar que sua família não era perfeita. Bom... se fosse perfeita, era para ser comercial de margarina, que soa falsidade, e o gostoso é ser transparente, pois tem cara de humanidade, e o verdadeiro ser humano se apega àquele que o gerou e se encontra com a graça e com o  perdão de Jesus Cristo. Cícera também compartilhou que a gravidez de Emily foi de risco intenso para ela e o bebê. Os médicos não acreditavam que o bebê nasceria e que Emily perderia o rim. E realmente foi algo bem conturbado, com prognósticos médicos nada favoráveis. Enfim,  a cada 15 dias Emily vai ao hospital para exames, tratamentos e remédios e tem muitas limitações, mas ela nunca se entrega (Sl. 18:35)

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Um causo de "arrepiá" os cabelos


Esse “causo” é bom pra contar em noite de lua cheia na beira de uma fogueira, na roda de amigos... mas na falta disso, vai pra roda de amigos do Facebook, via blog... rsrsrs...
Tudo aconteceu nas bandas de Osasco e era um final de tarde frio, acinzentado e molhado. Casa fechada. Só eu e o Dedé em casa. Tinha passado aquela pilha de roupas e acabado de guardá-las. Percebi que o Dedé tinha entrado em seu quarto e daí chamei-o para vir “prosear” um pouquinho comigo no meu quarto.  Só a luz do meu quarto iluminava a casa que era tomada pela escuridão da noite que se aproximava.
E lá estávamos nós,  rindo, trocando ideias, conversando quando de repente uma voz  do além apareceu.
- Ax terlissoes  di fkus  fkojn  haiulixtz
Pulo em um sobressalto assustada e pergunto:
- Dedé! Você deixou a TV ligada?
Ele diz que não. Não tinha ninguém  na parte de baixo da casa.  Vou acendendo as luzes com o coração em disparada. Desço os degraus. Na minha cabecinha imagino na tela da TV a loira do banheiro com algodões em seu nariz, ladeada pelo Chuck apresentando o jornal nacional. Mas ao descer até a sala está tudo silenciosamente escuro e desligado. Tanto a televisão, como o computador. 
Fico encafifada! - De onde viria a tal voz?
Continuo a caminhar pelos cômodos da casa procurando pistas da loira de voz fantasmagórica.  Entro na área de serviço. A tábua de passar ainda está lá... montada. O netbook ligado em modo de espera com suas duas caixinhas de som, pois sempre que passo roupas assisto a um filme no youtube.  Ei!!! Espere!!! Caixas de som? É claro... só pode sido aquela infeliz da mulher do AVAST (anti vírus) dizendo:
- AS DEFINIÇÕES DE VÍRUS FORAM ATUALIZADAS!

Ela me pegou novamente. Ai... ai...

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais...


“Porque ele me ama, eu o resgatarei; eu o protegerei, pois conhece o meu nome. Ele clamará a mim, e eu lhe darei resposta, e na adversidade estarei com ele; vou livrá-lo e cobri-lo de honra. Vida longa eu lhe darei e lhe mostrarei a minha salvação.”  Salmo 91:14-16

Essa foi a palavra que Deus me deu quando recolheu o meu pai no ano de 1995. Não  chorei naquele dia... estava meio em êxtase por saber do cuidado do meu Pai Celeste pelo meu pai. Estava em paz no meu coração, trazia dentro do meu ventre o seu neto e talvez Deus naquele dia deu uma atenção especial para mim.
Hoje, ao abrir  a Bíblia,  e me deparo com esse salmo. Meu coração explode de saudades, meus olhos se enchem de lágrimas que caem abundantemente sobre minha face. Recordo-me do meu velho pai:  - pequeno em estatura, cabelo que quando tocava parecia lã de carneiro. Amava acariciar sua cabeça. Enquanto fazia a minha faculdade tentando conquistar mais conhecimento,  ele percorria as ruas quentes de Osasco com um carrinho de sorvete. Esse era meu pai – seu nome era trabalho e integridade, esse foi o seu legado na minha vida.  Ele era perfeito? Não... Tinha coisas que fazia que nos irritava profundamente, a qual não convém ressaltar, afinal de contas, quando somos jovens, temos essa mania de nos irritar com coisas tão pequenas,  meus filhos são assim hoje, daí lembro-me dessa canção que diz:  “Ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais”.   É um ciclo e Deus, na sua infinita sabedoria nos diz:  “Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor, o teu Deus, te dá.” Êxodo 20:12. Traduzindo: não vale a pena perder tempo com coisas pequenas, afinal a perfeição não existe, portanto:  perdoe-lhes por não serem perfeitos e honra-os, pois um dia verás como eles foram tão grandiosos.  
Felizmente, antes de partir,  visitava-o frequentemente, queria que o pequeno Felipe aprendesse muitas coisas com aquele grande homem e esperava que o Dedé, que carregava em meu ventre também pudesse conhecê-lo.  Mas ele se fora...
Dezoito anos se passaram... uma saudade imensa bate no meu peito. Que dia é hoje? Olho no celular e para minha surpresa:
15/01/2013. Dia  do seu aniversário de 87 (se ainda estivesse conosco)
Saudades papai! Amo-te eternamente!

Lina