domingo, 23 de março de 2014

Quando meus filhos eram pequenos e ficavam doentes...

Salmo 81 – Ouvir ou não... uma questão de decisão
(uma carta imensa escrita em 3 de julho de 1998)

Tudo começou quando estava orando pelo Felipe, meu filho de 4 anos que estava doente (broncopneumonia). Eu ouvi o Espírito Santo falar ao meu coração apenas uma palavra: Ungir. Cheguei a ter o ímpeto de me levantar para ir a cozinha, buscar a lata de óleo e ungi-lo. Mas não fiz, pois achei melhor consultar a bíblia a respeito de unção. Fui à carta de Tiago e li que a unção deveria ser feita pelas autoridades da igreja. Hum.... Teria que ir até a IEVY?? E agora??? Deixei para lá...

Naquela segunda feira, dia 11 de maio de 1998, estava confusa e orando a Deus, pedi a Ele um texto para meditar. Ele falou para que eu meditasse no Salmo 81. Abri a Bíblia e o li umas duas vezes.  E cheguei a conclusão de que por causa da rebeldia do povo de Israel, eles não estavam realmente experimentando aquilo que Deus tinha para eles. Ainda bem que eu não era rebelde como o povo de Israel... ou seria??? Bom... Acho que não!!! Fiquei satisfeita com a minha conclusão. Fechei a Bíblia e fui fazer as minhas tarefas. O Felipe estava bem ruinzinho, com muita febre e dor na barriga. Lembrei-me que não tinha o levado para ungir. Será que o agravamento da enfermidade do Felipe foi porque eu não levei-o para ungir??? Puxa!!! Autoridade!!! Liguei para igreja e marquei um horário com o pastor. Lembrei-me que não tinha pedido autorização para o meu marido (autoridade da casa). Puxa!!! De novo autoridade. Liguei para ele e ele decidiu que iríamos ao médico. Concordei com ele e desmarquei o horário com o pastor.

Chegando à pediatra, o quadro dele não era nada animador e a médica disse-nos que deveríamos medicá-lo corretamente, caso contrário deveria ser internado. Comprometi-me em dar a medicação de forma correta: inalações, antibióticos, e o pior – 10 injeções.

À noite conversei com o Roberto a respeito do meu desejo em ungir o Felipe. Ele concordou e no dia seguinte fui à igreja, pedir que o pastor ungisse  o Felipe. Abri a minha Bíblia e o pastor Edson Zemunner perguntou-me se eu queria ler algo. Disse que gostaria de ler o Salmo 81. E assim fiz. Naquele momento, ele me disse que se eu tivesse ido no dia anterior (segunda-feira)  ele teria lido aquele Salmo, pois estava meditando nele naquele dia. Fiquei feliz, aquilo testificou no meu coração.

Voltei para casa, mediquei o Felipe e esqueci-me de meditar no Salmo 81.

Dias se passaram. E numa terça-feira, ouvindo a matéria ministrada pelo pastor James - Sarando as Nações, uma coisa,  me marcou profundamente: ouvir a voz de Deus. Naquele momento, o Espírito Santo falou ao meu coração: Você já meditou no Salmo 81???  Glup!!! Acho que não fiz a coisa direito... Eu só dei umas duas ou três lidinhas nele – Aquilo não era ouvir a voz de Deus – Era apenas uma leitura a mais de um salmo bíblico. Peguei meu dicionário bíblico e a bíblia e sentei-me no computador. Comecei a ler e escrever alguma coisa, mas estava tão vazio aquilo que estava escrevendo que acabei desistindo mais uma vez do Salmo 81.

No dia 31 de maio, ao retornar da Escola Bíblica Dominical, meu  Felipe estava ardendo em febre. Fiquei desorientada, pois recentemente ele tivera uma broncopneumonia e a médica proibiu de que ele fosse a Escola e similares. Eu desobedeci ordens médicas  achando que ela era meio exagerada. Meu filho não era de vidro. Então clamei a Deus, naquele domingo. Lembrei-me daquele versículo que dizia: Deixai vir a  mim os pequeninos e não os embaraceis que dos tais é o reino dos céus. Se eu não permitisse que meu filho fosse a escola ou a igreja, que são os lugares que ele mais gosta de ir, estaria o desmotivando a esse seu gosto tão abençoado. Além do mais, a escola que ele freqüenta é uma escola evangélica (Turma do Farolzinho) e lá é ensinado também a palavra de Deus. Aquilo era desobediência??? Bom... Ainda não tinha aprendido nada sobre autoridade espiritual, até então, pois faltei na aula anterior para medicá-lo (inalações, injeções, etc.). Naquele domingo, eu orei, chorei, e pedi a Deus a cura do Felipe. Às cinco horas, preparei-me e fui a igreja, o pastor Marcos Vinícius, da comunidade evangélica de Nilópolis visitava a IEVY naquele dia e  ao ministrar o cântico: E aguaceiro e chuvarada é o que Deus vai derramar... Eu pensei: - É agora que Deus vai mandar a libertação, pois o louvor liberta. Quando eu chegar em casa, o Felipe vai estar curado. Voltei para casa apreensiva... Como estaria o Felipe??? Para minha tristeza estava ele prostrado no sofá, com quase 39 graus de febre. O efeito da neovalgina havia passado e não havia nem 4 horas que ele havia tomado. Fiquei arrasada e pensei... Poxa... Porque estas coisas de cura só acontecem com os outros e não com a gente??? Até a diarista que trabalha aqui em casa já recebeu cura por uma oração que fiz em nome de Jesus. E eu nada... grunf grunf... Fui dormir arrasada. Acordei as 2h30 da madrugada para levar o Dedé (meu filho de 2 anos) ao banheiro e retornei para a cama. Não conseguia pegar no sono. Então fui orar e aí o Espírito Santo me falou: E o Salmo 81??? Leia-o 10 vezes. Obedeci. Li-o 10 vezes e ao terminar a última leitura, Deus falou ao meu coração sobre os versículos 1, 2, e 3 os quais se referem a três ordenanças de Deus:

A 1ª ordenança é para cantar alegremente a Deus – quando a gente louva a Deus, esquece os problemas, entrega-os para o Pai, é o ato de confiar. Ele não nos desampara, Ele olha as nossas aflições e problemas. É um ato do fé, é ter confiança – em suma – é se soltar.

A 2ª ordenança é entoar um salmo, e fazer soar o adufe, harpa e saltério. Existe uma diversidade de instrumentos. Eu não encontrei o significado de adufe no dicionário bíblico, mas na Bíblia missionária o termo é tamboril (creio que é uma espécie de tambor – instrumento de percussão) o qual se toca com a mão, seu som não é tão suave quanto a harpa/saltério. O saltério é um instrumento musical de cordas, que se dedilhavam ou se tocavam com o plecto. Quanto a harpa é um instrumento de música triangular, de cordas desiguais, que se tocam com os dedos. Na verdade, eu não entendo nada de música, mas o que entendi é que existe várias formas de se louvar a Deus... com a voz (salmodiai) com as mãos ( dando, ofertando, tocando, abençoando), com os dedos (tocando instrumentos, escrevendo) Enfim... Estar aberto para louvar a Deus, com aquilo que Ele nos deu. Sendo criativo.

A 3ª ordenança é tocar a trombeta na lua nova, cheia e dia da nossa festa.  Tocar a trombeta é o nosso testemunho de fé. A lua nova existe, mas a gente não a vê no céu. Ela está lá e   vai crescendo, crescendo (próxima fase da lua é a crescente) até ser lua cheia, a qual a gente vê aquela bolona bonita e brilhante. A fé é a certeza das coisas que não se vêem. A lua nova é a fé iniciando, que vai crescendo até ser avistada e depois disso, consuma-se a benção que é o dia da nossa festa. Em todas as situações é necessário o testemunho de fé.
 Pronto!!! Tomei aquela palavra para mim.
Naquele momento eu orei a Deus começando a exercitar a minha fé e fui dormir. Acordei no dia seguinte tensa, será que o Felipe estaria com febre?? Lembrei-me da palavra da noite passada e fui até o calendário. Para minha surpresa, o dia 31 era o último dia da lua nova e o dia 01 de junho era início da lua crescente. Sorri. Só Deus mesmo para fazer este tipo de coisa. O Felipe acordou sem febre, porém ainda não estava bem. Naquele dia , o Dedé teria consulta na pediatra e o meu marido queria passar os dois com a mesma. Conversei com o Roberto (meu marido) e falei que eu acreditava  que o Felipe estava em um processo de cura divina e que não gostaria de passá-lo no médico,  pois sabia que o mesmo só iria passar uma série de medicamentos, injeções etc... que de nada adiantariam, como da vez anterior. Mas a decisão era dele, pois ele era a autoridade. Mais uma vez a autoridade em questão. Ele pensou, pensou e decidiu que o Felipe iria para escola e não para o médico.  Às duas horas da tarde, estava tensa novamente, pois não sabia o que estava acontecendo naquela escola. Será que o Felipe voltaria a ter febre??? Resolvi buscar o meu remédio espiritual , ou seja, 10 doses de salmo 81. Ao término da última leitura Deus consolou o meu coração falando que Ele é o Senhor, e que curaria o Felipe. O Felipe não teve febre naquele dia. Acordei naquela madrugada (o Dedé é uma benção de despertador) e fui para o Salmo 81 (dez vezes) ao término Deus falou:

Quando o meu povo aprender a ouvir a minha voz, Eu o sustentarei com o trigo mais fino que é a pessoa do meu Filho Jesus. Jesus é o dom perfeito. E saciarei  com o mel saído da rocha.

Fui dormir pensando nessa culinária espiritual. Já tinha ouvido que Jesus é pão e vinho, é água, mas mel ainda não... No versículo 16 do salmo 81, fala que trigo sustenta, mas o mel sacia. É algo novo... Eu tenho a impressão de que é isto que Deus quer fazer nestes dias, nos saciar com o mel saído da rocha. . Servirá para trabalhar no nosso caráter

.Acordei na manhã de terça feira ansiosa por saber do Felipe e ele mais uma vez acordou bem, porém com um pouco de tosse, nariz escorrendo e se queixando um pouca de dor de barriga, mas graças a Deus não teve febre. Alimentou-se bem e foi para escola. Eu novamente a tarde fui buscar o meu remédio (10 doses de salmo 81). Deus confortou o meu coração com a confirmação de que os meus inimigos (enfermidade) seriam abatidos em breve. Fiquei confiante. Felipe voltou bem e a noite pude ir para a escola de ministérios sem susto, assistir a aula sobre autoridade espiritual. Foi jóia a aula. Fui dormir e às 2h40 o meu despertador espiritual me acordou para ir ao banheiro (esse Dedé é uma benção). Fui tomar o meu remédio espiritual (10 doses do salmo 81). Ao término, Deus falou:

Eu sou o Senhor Teu Deus. Esta causa é minha, filha, porque você está debaixo da minha autoridade. Eu tenho uma aliança contigo. Não foi você que me escolheu, mas eu te escolhi para que vás e dê frutos. Frutos que marquem a vossa geração. Diga ao meu povo para que estejam atentos e abertos pra minha voz. Não sejam rebeldes como outrora foi o meu povo. Eu tenho promessas para o povo de Israel, mas eles não quiseram ouvir a minha voz, por isso Eu os entreguei a obstinação dos seus corações, ou seja, eles ficaram desprotegidos. Pela minha misericórdia eu os tenho sustentado. Lembre-se que a cura do seu filho ocorrerá por causa da autoridade que tenho te dado através do meu Filho Jesus e não é o ritual de você vir aqui e ler o Salmo 81 dez vezes. Que quero edificar o seu coração. Eu quero falar contigo, por isso que a trago aqui para que leia a minha palavra e aprenda de mim. É uma espécie de antídoto para que você venha a se proteger dos dardos inflamados do maligno. Eu quero edificar a sua alma e o seu caráter.

Por dez dias, li o Salmo 81, e Deus foi acrescentando algo novo na minha vida.  Inclusive me convencendo de pecados que impediam de ouvir a sua voz. Se for relatar tudo nesta carta, com certeza,  isto viraria um jornal, então vou parando por aqui. Quanto ao Felipe, ele sarou, foi viajar e já está resfriado de novo. E eu estou na dependência de Jesus novamente. Os problemas nunca se acabam, senão a gente se tornaria independente de Deus, e isso, é uma idéia totalmente diabólica, ou seja, tornarmos independentes de Deus. Deus quer que busquemos diariamente o maná, a provisão, a benção, o ouvir a sua voz. Enfim, Deus quer que tenhamos comunhão com Ele.


Lina,


Quarta-feira, 3 de Junho de 1998